domingo, 30 de junho de 2013

Precisamos ficar atentos e não entrarmos na pilha de alguns setores dito progressistas da imprensa: nunca houve projeto de "Cura gay"

Deputado Marcos Feliciano
Um artigo do sempre lúcido e esclarecido articulista Reinaldo Azevedo, que detona o que a maioria pensa a respeito do assunto "Cura gay". 

Leiam com atenção, porque quase todos entraram no estouro da boiada (Não existe projeto de “cura gay”. É pilantragem jornalístico-militante).

Ao pastor que pede senhas de cartões bancários aos fieis de sua denominação religiosa, acusado de ser homofóbico, não tenho a menor simpatia; acho até que poderiam aproveitar o embalo do gigante acordado para, comprovadas suas mazelas, levarem-no ao Conselho de Ética e até cassar-lhe o mandato.

Mas a César o que é de César: nada é o que parece ser, nunca houve o intento de, ao menos oficialmente, determinar o homossexualismo como doença, muito menos propor a cura. 

Aliás, a própria OMS - Organização Mundial de Saúde,  corrigiu o erro, eliminando de sua lista de doenças, desde 1990, o homossexualismo.

Reinaldo explicita com raro talento e clareza que, ao fim e ao cabo, o que o decreto do pastor fez foi apenas derrubar um dispositivo (este, sim, autoritário) do Conselho Federal de Psicologia, que veta toda e qualquer ajuda profissional a homossexuais relativamente à sua inclinação sexual.

Aos xiitas, radicais, que concordam que o Conselho devia, sim, caminhar neste paroxismo da insensatez, pergunto: se um homossexual estiver infeliz com sua condição, não tem o direito de procurar ajuda especializada? 

Ou, então: está decretado por ato divino que todos os gays são perfeitamente realizados com sua orientação sexual, pura e simplesmente porque são gays, sendo desnecessárias, por suposto, quaisquer tipos de ajuda?

Autor: José Henrique Vaillant
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Interpretando a charge 17 - Lula entrou mudo e saiu calado no momento em que o país mais necessitava das palavras de um verdadeiro líder. É um puaiento!


A charge de J. Lima retrata o ex-presidente Lula calado, suando frio, por conta das manifestações que o PT achou que ficaria restrito a São Paulo e detonaria o governador oposicionista, Geraldo Alckmin.

Lula, que falava pelos cotovelos onde tivesse um grupo de pessoas, em lançamento até de pedra fundamental de quadra de cuspe à distância, guarda um silêncio sepulcral desde que pipocou o escândalo Rosemary Noronha (aqui), há mais de sete meses. 

Sobre o escândalo, que o jornalista Alexandre Garcia reputa mais sério que o Mensalão, nenhuma palavra. Sobre as manifestações, o falastrão também emudeceu!

Um político como Lula, que todos sabem é a eminência parda do atual governo, uma espécie de primeiro-ministro informal, porém com enorme influência; 

Um homem que falou até mais não poder quando o céu era de brigadeiro, quando a conjugação de fatores econômicos, políticos e telúricos lhe era enormemente favorável; 

Que se quer lembrado hoje e na posteridade como um grande líder jamais havido na história deste país;

O demiurgo, enfim, que transformou todo e qualquer pobre em classe média (por decreto dos números falaciosos, ao menos), não podia se calar num momento de profunda transformação pelas quais o país atravessa, em plena ebulição das massas que dizem chega, a tudo o que há de pernicioso.  

O que o pastor divinal diria para suas ovelhas? O que pensa o estadista que, como tal, enxerga à frente, sobre os destinos do país? De que maneira articula esse homem com as forças políticas que domina através de seu garbo e genialidade, em contributo à nação? 

Aqui em Bom Jesus, costumava-se dizer de uma pessoa que deixava-se seduzir por elogios falsos, que sentia-se com o ego afagado quando alguém a enaltecia de maneira dissimulada, hipócrita, como sendo um "comedor de puaia"; e a pessoa que dava as puaias, um "puaiento".

Comer puaia também era acreditar em promessas fantasiosas, em premissas mirabolantes, em discursos  triunfalistas.

E Lula não dá as caras agora porque os comedores de puaia deram-se conta de como ela é indigesta! Como se trata do maior dos maiores puaientos que o Brasil gestou, o clima lhe é profundamente desfavorável.

Para continuar a dar puaia, tinha de ter os colhões roxos!

Autor: José Henrique Vaillant
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sábado, 29 de junho de 2013

Apesar da Oi, que me deixou de quinta-feira até hoje sem Internet, comemoro 20.000 pages view


Desde anteontem estive sem telefone fixo e Internet Velox. 

A Velox funciona, é estável, não tão veloz, como o nome sugere, principalmente em conexões de 1 mega, como são as de Bom Jesus do Norte/ES (sem possibilidade de aumentar, ainda que você se disponha a pagar mais por isso). 

Em ocasiões esporádicas, a conexão até caía mas não demorava tanto, normalmente voltava logo. Mas desta vez a Oi derrubou meu sinal telefônico e de Internet no dia 27, mais ou menos às 15h, e só restituiu-me hoje (29), por volta das 16h. 

Depois do jogo em que a Espanha ganhou da Itália, nos pênaltis (quinta-feira), pedi o conserto, tendo direito a protocolo e tudo. 

Hoje de manhã, no entanto, acorri à loja de Bom Jesus/RJ, e  uma simpática atendente reforçou o pedido. 

- Senhor, eles não têm registrada nenhuma solicitação de conserto para este número...".

- Cuma? -, retruquei à moda Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbo. - Mas eu tenho até o número do protocolo. Aqui ó.

- Este protocolo é só do atendimento inicial. Nada está agendado para sua linha... 

- Mas eu pedi, o rapaz até me aconselhou que no período de 24 a 48 horas eu não voltasse a ligar, pois ao invés de adiantar, isso poderia até atrasar o conserto, já que poderiam contar o prazo a partir da última solicitação...

- Tsc. tsc. Agora, sim. De hoje até segunda-feira, no mais tardar às 11h15, o técnico vai resolver o problema, senhor (felizmente resolveu hoje)

Entonces... Cá estou novamente, feliz como lambari de sanga pelos 20.000 acessos em cerca de dois meses e meio (passei mais de um mês só postando textos antigos).

Tal número, se não desperta o interesse de anunciantes, satisfaz-me plenamente (fossem 20.000 DIÁRIOS, talvez olhassem com desdém de um entomologista enfastiado ao contemplar uma borboleta ordinária)

Se este blog fosse um desses popularescos, espalhafatosos, sensacionalistas, os 20.000 estariam me aconselhando a dar o fora, propor férias eternas ao teclado. 

Mas sendo o que é, um lugar denso, que contribui para o debate de ideias, reflexão sobre temas vinculados à cidadania, fortalecimento cultural e formação de consciência política, até excede minhas expectativas. 

Agradeço-lhes mais uma vez, amável leitor, graciosa leitora.  

Autor: José Henrique Vaillant
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quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Brasil afrontado pela parceria entre farsantes e corruptos descobriu no inverno de 2013 que multidão indignada faz milagre; "O inverno de 2013 será lembrado como a estação das descobertas essenciais"



Por Augusto Nunes

O enterro sem choro nem vela da PEC 37, decretado pela Câmara nesta terça-feira por 430 votos contra 9, confirmou que multidão indignada faz milagre. Faz até deputado brasileiro criar juízo, constatou o comentário de 1 minuto para o site de VEJA. 

Quando junho começou, os vigaristas que infestam e controlam a Casa dos Horrores estavam prontos para aprovar a proposta de emenda constitucional que proibiria o Ministério Público de promover investigações criminais. Antes que o mês chegasse ao fim, a patifaria foi sepultada em cova rasa.

Surpreendidos pelos atos de protesto que incluíram a rejeição da PEC 37 entre as bandeiras da revolta das ruas, os arquitetos da trama primeiro tentaram empurrar a votação para agosto. Até lá, imaginaram, os manifestantes teriam desistido de combater a corrupção impune. 

Erraram feio. O truque serviu apenas para aproximar a temperatura do ponto de combustão. Só então os conspiradores acharam sensato curvar-se  à vontade de incontáveis brasileiros exaustos de truques e tapeações.

A PEC 37 pretendia punir o Ministério Público não por seus defeitos, mas por suas virtudes. Foi concebida não para inibir eventuais excessos cometidos por promotores e procuradores, mas para impedi-los de obstruir caminhos que levam para longe da cadeia a bandidagem cinco estrelas. 

Precedida pela revogação do aumento das tarifas do transporte público, a capitulação  da turma que reduziu o Congresso a um clube dos cafajestes ensina que reivindicações nascidas na internet só vingam se ratificadas pela voz das ruas.

O abaixo-assinado virtual que protestava contra a volta de Renan Calheiros à presidência do Senado foi subscrito por mais de 1,5 milhão de eleitores. Deu em nada. Menos de 50 mil na porta do Congresso foram suficientes para enterrar a PEC da Impunidade (além de fazer um bando de indolentes trabalhar como nunca e, num caso exemplar de suicídio induzido, aprovar a toque de caixa um projeto que conferiu à corrupção status de crime hediondo. Se a coisa tivesse efeito retroativo, o Senado e a Câmara ficariam desertos).

Quantos manifestantes serão necessários para obrigar Renan a renunciar ao cargo? Logo saberemos. Também saberemos em pouco tempo se a ofensiva até aqui vencedora conseguirá livrar-se dos baderneiros, manter o vigor, encontrar alguma forma de organização e não perder o rumo. 

Caso ocorra essa favorável conjunção dos astros, a instauração de uma CPI da Copa se tornará questão de tempo, o Maracanã escapará das mãos dos eikes batistas, o STF tratará de acelerar o julgamento do mensalão e os ministros recém-chegados não ousarão socorrer os quadrilheiros condenados à prisão. Fora o resto.

O inverno de 2013 será lembrado como a estação das descobertas essenciais. Primeiro, os brasileiros descobriram que pagam todas as contas e são tungados há anos. Depois descobriram que o Brasil Maravilha só existe num palanque ambulante e na cabeça habitada por um neurônio solitário. 

Descobriram em seguida que Lula, Dilma e o PT são campeões de popularidade apenas entre donos de institutos de pesquisa, e que o exército de milicianos decididos a morrer pelo PT só se mobiliza nos delírios da companheirada.

Por falta de partidos que os representassem, descobriram também que poderiam ser seus próprios porta-vozes. Vão descobrindo agora que, num regime democrático, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário não podem atrever-se a ignorar, subestimar ou sufocar um poder muito maior. O poder que emana do povo.

Augusto Nunes é jornalista

Interpretando a charge 16 - Sugerida a hipótese de se fazer recall de políticos no Brasil




O recall político é mais ou menos como um impeachment, ou seja, o impedimento, a cassação do mandato. 

A diferença é que o impeachment é decidido pelos deputados (representantes do povo), e o recall, diretamente pelo povo.

Nos EUA e em outros países existe o dispositivo do recall na política. Comprovada a corrupção, incompetência ou inoperância do parlamentar, os próprios eleitores dele o retiram do cargo, através do voto.

No Brasil, na esteira das reivindicações por uma ampla reforma política, o instituto do recall surge como um possível componente dessa reforma, defendido até pelo presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa.

Fazer recall de produtos, todos sabemos, é quando uma determinada fabricante detecta algum problema e convida os consumidores a trocarem as determinadas peças defeituosas ou mesmo todo o produto, gratuitamente. Há recalls de variadas categorias, mas o de veículos é o que mais se destaca.

O cartunista Nani bolou uma espécie de "oficina". Nela, o deputado apresenta vários defeitos (grande novidade!), sob o olhar compenetrado do seu eleitor.

Se hipoteticamente esse recall passasse a valer imediatamente, já pensaram o tamanho da frota de deputados e senadores que teríamos de trocar?

Autor: José Henrique Vaillant
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Governo eleva gasto com maquiagem e penteado para falas de Dilma na TV. Visual da presidente, cada vez que é preparado, custa mais de R$ 3 mil, fora a indumentária, claro


A vaidade tem seu preço. E cada vez mais alto, por sinal, mostra a evolução dos gastos para arrumar o cabelo e maquiar a presidente Dilma Rousseff para suas aparições em rede nacional de TV (aqui). 

Na sexta-feira passada, quando falou sobre as manifestações pelo país, Dilma Rousseff fez seu 14º pronunciamento desse tipo. Via Lei de Acesso à Informação, a Folha obteve os orçamentos detalhados de 12 deles.

Nos nove primeiros, preparar o visual presidencial custou R$ 400. Nos três de dezembro de 2012 a março deste ano, o governo pagou, em cada vez, R$ 3.125 --681% mais, variação de fazer corar o tomate, vilão da inflação. 

Até no salão de Celso Kamura, cabeleireiro que repaginou o visual de Dilma para a campanha presidencial de 2010 e que tem entre suas clientes celebridades como a apresentadora Angélica, o serviço é mais em conta. Lá, o penteado sai por R$ 330 e a maquiagem custa R$ 350, informam as atendentes do salão. Ao todo, R$ 680.

Em Brasília, os salões mais famosos cobram pouco mais de R$ 160 pela maquiagem e na faixa de R$ 210 para arrumar o cabelo. 

A Presidência explica o porquê dos gastos em alta. Em ofício, afirmou que a produção de "uma autoridade do sexo feminino" é diferente e autorizou o ajuste nos custos porque uma mulher precisa de um profissional específico e não um maquiador padrão, como era o caso do ex-presidente Lula.

As agências Propeg e Leo Burnett, responsáveis pela contratação das produtoras para as gravações, não responderam especificamente sobre a variação dos custos com a maquiagem e o cabelo de Dilma. 

A Presidência informou que os valores totais dos pronunciamentos foram reajustados em 2012 porque não eram corrigidos desde 2008. Não esclareceu, contudo, por que o valor com o visual presidencial subiu tanto.

Mobilidade urbana em Bom Jesus: Bonjesino acha que os políticos da terrinha estão se mexendo, como seus congêneres de Brasília. Tola ilusão, acho eu

Lamento dizer, mas não acredito que as manifestações meio barro, meio tijolo, em Bom Jesus, foram
capazes de sacudir as estruturas do provincianismo político, suas decenárias idiossincrasias
e o modus faciendi ultrapassado, canhestro, de gestão pública

A ponte sobre o Rio Itabapoana (foto), que os ingleses construíram no início do século passado mais para tráfego de carroças de tração animal, unindo Bom Jesus do Norte (Extremo-Sul Capixaba) e Bom Jesus do Itabapoana (Noroeste Fluminense), hoje suporta o pesado trânsito de bólidos guiados por GPSs e que manobram sozinhos nas vagas de estacionamento.

Diria alguém não conhecedor das duas cidades, que naturalmente a ponte veio tendo ampliações ao longo do tempo, adequando-se gradativamente à medida das necessidades pelo aumento constante do tráfego.

Ledo engano. Ao contrário, ela ficou mais estreita para os veículos devido à construção de duas passagens para pedestres na década de 1970, se não me falha a memória! 

Adivinhem como está o trânsito sobre a acanhadíssima ponte,  atualmente, em especial nos horários do rush...

Hoje em dia todo mundo tem acesso ao carrão financiado em trocentas vezes, com preços reduzidos por renúncias fiscais do socialismo tupiniquim. 

Só que os çábios, com c e com cedilha, não atentaram para o simples fato de que teriam também de investirem em estrutura viária onde esses veículos pudessem trafegar.

Resultado: todo mundo tem carro, mas não tem como usá-lo de forma desejável, principalmente nas cidades, sem estresse, sem engarrafamentos monstruosos.

Como dizia Ulisses Guimarães, político só tem medo de povo.  De povo que reivindica, que faz pressão, bem dito. 

E depois destas últimas pressões – e que pressões!, a politicada está igual manada sem rumo, galopando em círculos, entrando em qualquer porteira que vê aberta.

Estão prometendo ao povão até revogar a lei da gravidade;  inclusive, já anunciaram a liberação de R$ 50 bilhões para mobilidade urbana.

Diria Bonjesino, o meu personagem apaixonado pelos políticos da terrinha, que os prefeitos daqui já estão unidos entre si, e articulam com suas respectivas representatividades em níveis estadual e federal para viabilizarem a construção da 2ª ponte urbana.

Guardando uma estratégica e cautelar distância de Bonjesino, em verdade vos digo:

Em 2016, ano das próximas eleições municipais, com certeza ouviremos nos palanques as mesmas promessas, os mesmos tatibitates com os quais há décadas tratam de assunto tão importante para ambos os municípios e seus quase 50 mil habitantes, somados, fora as populações de municípios adjacentes e de outras plagas, em trânsito, numa região fronteiriça entre dois dos mais destacados Estados da Federação.   

Autor: José Henrique Vaillant

terça-feira, 25 de junho de 2013

Brasil dormiu Alemanha e acordou Bolívia ou Venezuela, diz Gilmar Mendes



Para o ministro do STF, não é possível juridicamente convocar uma constituinte no modelo de 1988. Ele avalia que a proposta de Dilma flerta com a doutrina bolivariana

Diego Abreu - Correio Brasiliense

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta terça-feira (25/6) duramente a proposta apresentada pela presidente Dilma Rousseff de convocação de uma assembleia constituinte, por meio de plebiscito, para debater a reforma política. 

Para ele, a sugestão de Dilma flerta com a doutrina constitucional bolivariana e não é compatível com as inspirações brasileiras. O ministro avalia que “a ausência do governo federal na articulação desses temas tem feito com que as questões não se resolvam”.

“Fiquei muito infeliz ontem. O Brasil dormiu como se fosse Alemanha, Itália, Espanha, Portugal em termos de estabilidade institucional e amanheceu parecido com a Bolívia ou a Venezuela. 

Não é razoável isso. Ficar flertando com uma doutrina constitucional bolivariana, isso não é razoável. Não é compatível, nós temos outras inspirações”, afirmou Gilmar Mendes. 


“Felizmente, não pediram que na assembleia constituinte se falasse espanhol”, ironizou o ministro, ao fazer menção às mudanças nas constituições de países sul-americanos capitaneadas por governos esquerdistas.

Na avaliação de Mendes, a convocação de uma constituinte seria ilegal. “Não é possível juridicamente convocar uma constituinte no modelo de 1988. Não vejo espaço jurídico para isso. 

Além da desnecessidade, eu não vejo como fazer”, frisou o ministro. Ele ressaltou que o país tem prestígio no exterior e ainda que os temas colocados em discussão são “importantíssimos para a paz federativa”.

O magistrado acrescentou que a reforma política pode ser feita por outros meios, como projetos de lei. Segundo ele, a Constituição pode até ser rígida, mas não tem “uma hiper-rigidez”. 

As emendas, conforme o ministro, seriam soluções para casos como o voto distrital. Ele, porém, mostra-se descrente com alterações no modelo político. “Se não se consegue aprovar um projeto de lei vai se conseguir aprovar um projeto de emenda”, questionou.

Interpretando a charge 15 - Depois do susto, a politicada faz caras e bocas de Madre Tereza de Calcutá. Mas não se fiem nisso, é a manjada reação camaleônica diuturna!


Nani fez esta brincadeira aí, mas a coisa é séria. 

Pensemos nas seguintes hipóteses: um deputado desvia dinheiro da Saúde, e por falta desse dinheiro, 100 pessoas morrem por falta de atendimento.

Um criminoso mata uma pessoa.

Quem cometeu crime mais hediondo?

No segundo caso, o bandido, se preso, e se não tiver "pedigree", será processado e condenado.

E o primeiro? 

Continuará a ser chamado de Vossa Excelência, defecando e hediondando em nossas indignações!

Em 2002 eu roguei uma praga a quem ia evacuando e hediondando pelaí, pois entendia (e ainda entendo) ser esta a única maneira de desagravo, em face da impunidade que grassava (e ainda grassa, grossa) no Brasil (aqui). 

Lamento ser tão pessimista, mas embora acredite que nada será como dantes no quartel de Abrantes, depois das manifestações, creio que o monstro da corrupção ainda levará muito tempo para ser acometido de uma perpétua prisão de ventre!

Autor: José Henrique Vaillant
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Quem quer, faz!

Reunião de Dilma com seus ministros, acima, e de Obama: o mamute
brasileiro, morbidamente obeso, não tem como funcionar!

Por Alcides Leite

Muito tem se falado a respeito dos protestos de rua que vêm ocorrendo no Brasil. Há análises para todos os gostos, mas me parece que uma coisa é consenso: a grande maioria dos manifestantes tem mostrado um profundo descrédito em relação aos políticos e às instituições públicas.

Para que este descrédito não seja capitalizado por algum líder oportunista, é necessário que aqueles que acreditam na democracia representativa se antecipem e façam as mudanças necessárias para recuperar a confiança da população brasileira.

Pode parecer difícil encontrar meios para isso, mas se as principais lideranças públicas quiserem de fato responder aos anseios do povo elas podem adotar medidas simples. Cito, assim de supetão, algumas sugestões:

-- Reduzir de 39 para 20 o número de Ministérios ou Secretarias com status de Ministério;

-- Reduzir de 30 mil para 5 mil o número de cargos de confiança no Executivo Federal;

-- Reduzir de 4 mil para 1 mil o número de funcionários do Senado. Se algum senador ou deputado quiser ter um funcionário em seu estado de origem, que pague do próprio bolso;

-- Acabar com todos os pagamentos indiretos para os congressistas. Quem quiser morar em apartamentos funcionais, o Estado oferece, quem não quiser que se vire. Quem quiser enviar correspondência para seus eleitores, quem quiser ter mais do que cinco funcionários em seu escritório em Brasília, quem quiser acompanhar a presidente em suas viagens que pague do seu próprio bolso;

-- Os Congressistas têm que trabalhar de segunda a sexta, oito horas por dia;

-- Se a presidente quiser falar com o Lula em São Paulo, que pague a passagem;

-- Publicação em uma página da internet custos detalhados da construção dos estádios da Copa, item por item para que a população possa comparar com os custos da reforma de sua casa.

Estas são apenas algumas medidas proposta por um simples professor. Os especialistas podem sugerir outras muito mais impactantes.

Quem quer fazer, faz! Apenas para citar um exemplo, veja presidente Dilma o que fez o Papa Francisco: Está morando em apartamento modesto na casa Santa Marta, escolheu um carro simples para seus deslocamentos, usa o mesmo anel e a mesma cruz de prata que usava quando era bispo. A maior parte das vezes pega o telefone e liga pessoalmente para seus interlocutores, sem necessidade de usar secretários para fazê-lo.

Acredito que sem um choque de moralidade, ainda que possa parecer demagógico (isto o povo saberá avaliar), não há caminho possível para recuperar a confiança da população. Quem exerce cargo público tem que dar o exemplo.

A democracia representativa pode e deve melhorar, mas ainda é o único caminho possível para maximizar o bem comum de um país de quase 200 milhões de habitantes. Líderes: Por favor, não joguem fora o que custou tanto para ser conquistado.

Alcides Leite é economista e professor da Trevisan Escola de Negócios.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Mais charges: os artistas sintetizam com precisão cirúrgica e traços geniais a debacle das estruturas políticas























Um canto em louvor às manifestações de junho/13

A charge do Clayton poderia conter a frase: desculpem os transtornos, estamos dedetizando o Brasil

Sempre insensíveis, nunca aprendem nada,
não lhes move a vontade da sabença,
mas também, de suas mazelas, esquecem nada!
O que os levam ao desvario da doença.

Por exemplo, não aprendem que mentir
a um povo tão infenso à mentira;
dias viriam a dar a todos refletir,
desmascarando os tolos vis, em santa ira.

É muito roubo, perversão e incompostura,
ninguém mais pôde aguentar tão grande peso:
fez explodir leviatã mendaz e obeso!

Diagnosticado o mal, e prescrevendo rudemente a cura,
Massas incólumes se nutriram de cidadania pura,
e ao banditismo político decretaram: teje preso!

Autor: José Henrique Vaillant  

O dia em que a Presidenta Dilma, em 10 minutos, cuspiu no rosto de 370.000 médicos brasileiros

Por Juliana Mynssen - https://www.facebook.com/juliana.mynssen

Há alguns meses eu fiz um plantão que chorei. Não contei à ninguém (é nada fácil compartilhar isso numa mídia social). 

Eu, cirurgiã-geral, “do trauma”, médica “chatinha”, preceptora “bruxa”, que carrego no carro o manual da equipe militar cirúrgica americana que atendia no Afeganistão, chorei.

Na frente da sala da sutura tinha um paciente idoso internado. Numa cadeira. Com o soro pendurado na parede num prego similiar aos que prendemos plantas (diga-se: samambaias). 

Ao seu lado, seu filho. Bem vestido. Com fala pausada, calmo e educado. Como eu. Como você. Como nós. Perguntava pela possibilidade de internação do seu pai numa maca, que estava há mais de um dia na cadeira. Ia desmaiar. 

Esperou, esperou, e toda vez que abria a portinha da sutura ele estava lá. Esperando. Como eu. Como você. Como nós. Teve um momento que ele desmoronou. 

Se ajoelhou no chão, começou a chorar, olhou para mim e disse “não é para mim, é para o meu pai, uma maca”. Como eu faria. Como você. Como nós.

Pensei “meudeusdocéu, com todos que passam aqui, justo eu… Nãoooo….. Porque se chorar eu choro, se falar do seu pai eu choro, se me der um desafio vou brigar com 5 até tirá-lo daqui”.

E saí, chorei, voltei, briguei e o coloquei numa maca retirada da ala feminina.

Já levei meu pai para fazer exame no meu HU. O endoscopista quando soube que era meu pai, disse “por que não me falou, levava no privado, Juliana!” 

Não precisamos, acredito nas pessoas que trabalham comigo. Que me ensinaram e ainda ensinam. Confio. Meu irmão precisou e o levei lá. 

Todos os nossos médicos são de hospitais públicos que conhecemos, e, se não os usamos mais, é porque as instituições públicas carecem. Carecem e padecem de leitos, aparelhos, materiais e medicamentos.

Uma vez fiz um risco cirúrgico e colhi sangue no meu hospital universitário. No consultório de um professor ele me pergunta: “e você confia?”.

“Se confio para os meus pacientes tenho que confiar para mim.”

Eu pratico a medicina. Ela pisa em mim alguns dias, me machuca, tira o sono, dá rugas, lágrimas, mas eu ainda acredito na medicina. Me faz melhor. Aprendo, cresço, me torna humana. Se tenho dívidas, pago-as assim. Faço porque acredito.

Nesses últimos dias de protestos nas ruas e nas mídias brigamos por um país melhor. Menos corrupto. Transparente. Menos populista. Com mais qualidade. Com mais macas. Com hospitais melhores, mais equipamentos e que não faltem medicamentos. Um SUS melhor.

Briguei pelo filho do paciente ajoelhado. Por todos os meus pacientes. Por mim. Por você. Por nós. O SUS é nosso.

Não tenho palavras para descrever o que penso da “Presidenta” Dilma. (Uma figura que se proclama “a presidenta” já não merece minha atenção).

Mas hoje, por mim, por você, pelo meu paciente na cadeira, eu a ouvi.

A ouvi dizendo que escutou “o povo democrático brasileiro”. Que escutou que queremos educação, saúde e segurança de qualidades. “Qualidade”… Ela disse.

E disse que importará médicos para melhorar a saúde do Brasil….

Para melhorar a qualidade….?

Sra. “presidenta”, eu sou uma médica de qualidade. Meus pais são médicos de qualidade. Meus professores são médicos de qualidade. Meus amigos de faculdade. Meus colegas de plantão. O médico brasileiro é de qualidade.

Os seus hospitais é que não são. O seu SUS é que não tem qualidade. O seu governo é que não tem qualidade.

O dia em que a Sra “presidenta” abrir uma ficha numa UPA, for internada num Hospital Estadual, pegar um remédio na fila do SUS e falar que isso é de qualidade, aí conversaremos.

Não cuspa na minha cara, não pise no meu diploma. Não me culpe da sua incompetência.

Somos quase 400 mil, não nos ofenda. 

Estou amanhã de plantão, abra uma ficha, eu te atendo. Não demora, não. Não faltam médicos, mas não garanto que tenha onde sentar. Afinal, a cadeira é prioridade dos internados.

Hoje, eu chorei de novo.

sábado, 22 de junho de 2013

General da reserva adverte, em manifesto, o que estão fazendo com a liberdade


Estou ficando "velhinho em folha", como diz João Ubaldo Ribeiro. 

Vejam o amável leitor, a graciosa leitora, que já em 1999 eu produzi um texto titulado "Trevas na liberdade" alertando justamente para a zona em que estávamos levando a dita-cuja conquistada em 1985, com o fim do regime militar. 

Lá se vão 14 anos, e a liberdade, então jovenzinha ainda desabrochando para a vida, de menor idade, a molestávamos com a concupiscência dos loucos, no lupanar da vida civil que criávamos de maneira perversa, na mais delirante insensatez.

Pois bem: de nada valeram as advertências de tantos os que, como eu, consideram-na uma filha preciosa, porém delicada e melindrosa como um botão de rosa. 

Hoje, a senhora ainda jovem em que se transformou a garotinha caiu na gandaia, escancarou de vez.

Mas continua sendo muito preciosa para os brasileiros. Então é necessário que todos nós, como pais zelosos, atribuamos limites a ela, sob pena de a perdermos pelo excesso de vício e devassidão. 

Leiam o texto abaixo, escrito pelo general da reserva, Paulo Chagas. 

O militar enumera os "podres" de nossa liberdade, oportunizando-nos refletir sobre um tema de fundamental importância para o futuro do Brasil e de todos nós.

Autor: José Henrique Vaillant
www.recantodasletras.com.br/autores/josevaillant


A NOSSA LIBERDADE
Paulo Chagas - 08/06/2013

Liberdade para quê? Liberdade para quem?

Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar? 

Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e hipócritas?

Falam de uma “noite” que durou 21 anos, enquanto fecham os olhos para a baderna, a roubalheira e o desmando que, à luz do dia, já dura 26!

Fala-se muito em liberdade! Liberdade que se vê de dentro de casa, por detrás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros fumê!

Mas, afinal, o que se vê?

Vê-se tiroteios, incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, guerra de gangues e traficantes, Polícia Pacificadora, Exército nos morros, negociação com bandidos, violência e muita hipocrisia.

Olhando mais adiante, enxergamos assaltos, estupros, pedófilos, professores desmoralizados, ameaçados e mortos, vemos “bullying”, conivência e mentiras, vemos crianças que matam, crianças drogadas, crianças famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças assassinadas.

Da janela dos apartamentos e nas telas das televisões vemos arrastões, bloqueios de ruas e estradas, terras invadidas, favelas atacadas, policiais bandidos e assaltos a mão armada.

Vivemos em uma terra sem lei, assistimos a massacres, chacinas e sequestros.

Uma terra em que a família não é valor, onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos, patrícios e estrangeiros.

Mas, afinal, onde é que nós vivemos?

Vivemos no país da impunidade, onde o crime compensa e o criminoso é conhecido, reconhecido, recompensado, indenizado e transformado em herói!

Onde bandidos de todos os colarinhos fazem leis para si, organizam “mensalões” e vendem sentenças!

Nesta terra, a propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de seus donos, os bancos são assaltados e os caixas explodidos.

É aqui, na terra da “liberdade”, que encontramos a “cracolândia” e a “robauto”, “dominadas” e vigiadas pela polícia!

Vivemos no país da censura velada, do “micro-ondas”, dos toques de recolher, da lei do silêncio e da convivência pacífica do contraventor com o homem da lei.

País onde bandidos comandam o crime e a vida de dentro das prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras destruídas e o gado dizimado, sem contar quando destroem pesquisas cientificas de anos, irrecuperáveis!

Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê?

Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla?

Afinal, aqueles da escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz?

E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem?

Quanta falsidade, quanta mentira, quanta canalhice ainda teremos que suportar, sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a autoestima e a própria dignidade?

Quando será que nós, homens e mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade?

Carta aberta à presidente Dilma Roussef: nunca um momento foi tão propício para a Sra. entrar para a História pela porta da frente!



Senhora presidente Dilma Roussef:

Pra começar, acabe com essa bobagem de fazer questão de ser chamada presidenta.

Por certo V.Excia. não denomina as jovens como adolescentas, nem gostaria que alguém afirmasse que a Sra. é eleganta (elegante é, sem dúvida), ex-gerenta das Minas e Energia, que foi pacienta do Sirio-Libanês; que deve ter sido boa estudanta, e é nossa mais importanta representanta a lutar pelos brasileiros de forma ardenta (certo estou do contrário, mas leia este texto até o fim que a Sra. pode mudar isso).

Soa feio, Sra. presidente, o que ajuda a piorar a percepção de ruindade do seu governo. Pior: alguns especialistas em Português afirmam que é ortograficamente errôneo.

Eu lhe proponho uma coisiquinha de nada, mas que vai deixar a Sra. orgulhosa e sorridenta..., ops..., sorridente, podendo mesmo ganhar algum Nobel, e quem sabe até ser sacralizada pelo Vaticano, porque tratar-se-á de um milagre para o seu povo!

Seguinte: tendo a Sra. tornado-se refém da politicalha salafrária, corrupta e sub-reptícia; boicotada, apunhalada pelas costas inclusive por maganos do seu próprio partido, que querem vê-la pelas costas a fim de elegerem Lula, que é na realidade a abelha-rainha (abelho-rainho..., viu como não soa bem?) dessa entourage, rompa com eles.

Isso mesmo. Os malufs, os sarneys, os renans da vida, os mensaleiros e a própria divindade deles (o nove dedos), mande-os para o diabo que os carregue.

Não lhes peça mais conselhos, não lhes dê atenção, negue-lhes tudo.

- Mas aí estarei ferrada de vez, José Henrique. Eles vão dar um nó górdio na já combalida governabilidade. Vai de vez para o espaço!

Pode ser que não. Embora a Sra. não vá poder governar somente com medidas provisórias, usando inteligência, talento, capacidade de articulação com auxiliares certos nos lugares certos, a população pode se tornar o seu Congresso.

Aí é que está a pedra filosofal! Transformar as manifestações de rua em um Poder Legislativo alternativo, porém com mais força e legitimidade que o convencional.

A Sra. pode conseguir tal feito, neutralizando as intercorrências políticas negativas.

A acusação de que a Sra. estaria atraiçoando não só esses políticos em si, mas sobretudo os eleitores deles, seus representados, seria eficientemente contestada com o fato de que eles só representam a si próprios, usando o voto popular para satisfazer os próprios interesses. Todo mundo tá careca de saber disso.

Então a Sra. não estaria traindo ninguém. Ao contrário, estaria dando uma prova cabal de fidelidade ao seu povo.

Eu até fiz um texto sobre essa questão, enfocando minha região, minha cidade (quem quiser ler, acesse aqui). Mas é preciso coragem, vontade de quebrar paradigmas, o que a Sra. pode ser que tenha.

Não se gaba a Sra. de ter sido combatente da revolução de 1964? De ter sido corajosa ante os verdugos calçados de coturno e vestidos de verde-oliva? De ter arrostado agentes da repressão munidos de cassetetes, correntes e maquininhas de choque elétrico?

Resista de novo, Sra. presidente. 

Reduza os 39 ministérios para uns cinco ou seis; Acabe com os cartões corporativos; renuncie à inacreditável vaidade de gastar R$ 700 mil só para beijar a mão do papa, e viagens outras de igual diapasão. 

Seja austera e cobre austeridade; mande concluir as obras de transposição do Rio São Francisco; sepulte a ideia do trem-bala; invista tudo o que puder na Educação e na Saúde públicas, inspecionando com microscópio eletrônico o gasto de cada centavo.

Volte com as faxinas, abuse dos dedetizadores; desempaque o PAC; desaloje de suas deliciosas sinecuras as sanguessugas do povo brasileiro; combata carteis e monopólios; invista na infraestrutura e otras cositas más. 

Ah! E antes que esqueça, dê-me algo em troca destes conselhos, algo até singelo: mande pros quintos dos infernos o malfadado e infame horário de verão!

Sra. presidente. Minhas proposições são delirantes? São. São praticamente inexequíveis? São. Estou planando por ares nunca dantes planados? Sim. 

Mas também, sim, milagres existem. E se a Sra. não conseguir produzir um, pode mandar emitir as passagens para aquele cruzeiro marítimo a partir de 1/1/2015, na melhor hipótese, porque a Sra. poderá até mesmo antecipar esta viagem!

Não diga que não avisei!

Autor: José Henrique Vaillant